O QUE A COR DA SUA CASA TEM A VER COM SUA CONTA DE LUZ?
Você sabia que a cor e tipo de tinta aplicada na fachada da sua casa pode influenciar no valor da sua conta de luz?
Normalmente quando estamos escolhendo as cores de tintas que serão usadas nas paredes externas e internas das nossas residências, o critério adotado pode ser a estética, ou até mesmo a economia (pela crença que cores escuras tem menor custo com manutenção).
Porém, o que grande parte das pessoas não observam é que as cores possuem características térmicas, como a capacidade de absorver a radiação solar que incide nas superfícies expostas, em particular, nas paredes das habitações.
Desta forma, a cor da pintura aplicada nesta superfície será um importante agente na determinação da quantidade de calor que o ambiente interno acolherá. O que implicará na sensação térmica que os indivíduos experimentarão no interior de suas moradias.
Em se tratando de regiões de climas quentes, isso resultará na necessidade de maior gasto energético com a ventilação e refrigeração dos ambientes para garantir o conforto dos usuários.
Escolhendo as cores
Via de regra, as cores mais claras absorvem menos calor do que as cores mais escuras. No entanto, engana-se quem acha que a cor branca em todas as suas tonalidades é a que absorve menos.
Segundo Kelen Almeida Dornelles em sua tese de doutorado da Universidade Estadual de Campinas em 2008, as cores marfim, palha e pérola apresentaram absortâncias térmicas menores do que a cor branco gelo, para tintas acrílicas foscas e tintas látex PVA foscas. Já a cor branco neve acrílica fosca, esta sim, apresentou o menor índice de absortância de todas as cores estudadas.
Iluminando com as cores
A atenção com as cores das tintas não deve ser limitada somente às paredes externas da edificação, para que se alcance uma maior eficiência energética. Isto porque os gastos energéticos não provêm apenas das demandas por ventilação e refrigeração artificiais, mas também da necessidade de utilização de iluminação artificial.
Os ambientes internos pintados com cores claras refletirão maior quantidade de luz natural captada pelas aberturas externas. Não somente as paredes internas mais também o teto dos cômodos agirão na distribuição dessa iluminação.
Portanto, quanto mais os espaços internos das construções otimizarem a captação e distribuição da iluminação natural, mas se retardará a necessidade de utilização da iluminação artificial nos ambientes ao longo do dia.
Conclusão
Como pudemos observar, a decisão em relação a um dos aspectos arquitetônicos mais comuns, como as cores a serem aplicas às paredes e tetos das construções, não deve ser tomada apenas por uma ótica restrita ou de curto prazo, mas sim em um panorama mais abrangente.
Deste modo, deve-se dar atenção às interferências que este agente provocará no âmbito da economia de longo prazo (como a redução no consumo de energia elétrica) como também na promoção da sensação de conforto dos usuários.